Comunicação não violenta

A Beatriz sempre se preocupava em agradar às pessoas ao seu redor. Ela estava constantemente em busca da aprovação dos outros e seguindo as regras que lhe eram impostas. Por causa disso, muitas vezes sentia-se insatisfeita e infeliz.

Um dia, ela conheceu a sábia e gentil Susana. Que percebeu que a Beatriz estava a passar por um momento difícil e ofereceu ajuda. Beatriz, agradecida, aceitou e partilhou preocupações e angústias com a Susana.

A Susana, então, começou a mostrar à Beatriz que ela não precisava seguir as regras que não ressoavam com ela e que não teria que permitir que os outros controlassem a sua vida. Ela ensinou à Beatriz a importância de se comunicar com empatia e compaixão, de maneira que os seus sentimentos e necessidades fossem escutados e compreendidos pelos outros.

Ao início, Beatriz achou difícil aplicar as sugestões da Susana na sua vida, pois parecia falso e ela não queria enfrentar certas pessoas; mas com o tempo, ela percebeu que não era sobre o enfrentar, mas sobre o que compreender e comunicar com estratégia e aí começou a sentir a diferença. Ela sentiu um grande alívio ao expressar os seus sentimentos e necessidades de uma forma mais autêntica e honesta, e notou que as pessoas a respeitavam mais.

Com o tempo, Beatriz tornou-se mais confiante e feliz. Não se preocupando tanto em agradar os outros e passou a viver de acordo com seus próprios valores e desejos. Ela sentiu-se mais conectada com as pessoas e percebeu que era capaz de resolver conflitos de forma pacífica e harmoniosa.

Um dia, enquanto conversava com a Susana, Beatriz percebeu que tudo o que havia aprendido com ela afinal tinha um nome; na verdade as sugestões tinham por base a comunicação não violenta. Ela agradeceu à Susana pela ajuda e por ter mudado a sua vida para sempre.

E assim, Beatriz passou a viver de forma mais autêntica e feliz, sabendo que sempre poderia contar com as ferramentas da comunicação não violenta para se comunicar de forma mais eficaz e pacífica com os outros.

Tu também podes fazer como a Beatriz e passar a viver de forma mais autêntica e feliz.

A comunicação é uma habilidade fundamental para o Ser-humano, seja para se expressar, compreender ou lidar com conflitos. Entretanto, muitas vezes, a forma como nos comunicamos pode gerar mal-entendidos, conflitos e até mesmo agressões verbais. Nesse contexto, surge a Comunicação Não Violenta (CNV), uma abordagem que se baseia na empatia, no respeito mútuo e na busca de soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas.

A CNV foi desenvolvida pelo psicólogo americano Marshall Rosenberg, na década de 1960. Rosenberg percebeu que a forma como as pessoas se comunicavam era muitas vezes agressiva e confrontadora, levando a conflitos e ressentimentos. A partir da sua experiência em trabalhos com comunidades em conflito, Rosenberg criou a CNV, uma abordagem que tem como objectivo promover a empatia, a compreensão e a conexão entre as pessoas.

Benefícios da Comunicação Não Violenta

A CNV pode trazer diversos benefícios para quem a utiliza, seja em âmbito pessoal ou profissional. Entre eles, destacam-se:

- Melhoria na qualidade da comunicação: ao utilizar a CNV, é possível se comunicar de forma mais clara e objectiva, evitando mal-entendidos e reduzindo a possibilidade de conflitos.

- Fortalecimento dos relacionamentos: ao promover a empatia e o respeito mútuo, a CNV contribui para fortalecer os laços entre as pessoas, aumentando a confiança e a colaboração.

- Resolução de conflitos de forma mais eficaz: ao se basear na busca de soluções que atendam às necessidades de todas as partes envolvidas, a CNV pode contribuir para a resolução de conflitos de forma mais eficaz e duradoura.

Algumas dicas para quem deseja praticar a CNV em seu dia a dia:

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